O filme conta a história de dois cantores sertanejos, que saem do interior na esperança de serem reconhecidos pela grande mídia, na capital e Grande São Paulo, eles são caipiras e carregam nessas origens a esperteza típica do homem do interior, são sagazes, astutos e por parecerem ingênuos acabam se envolvendo com muitos tipos urbanos, que tentam passar a perna neles, mas a cada situação complicada eles encontram uma saída e seguem em busca dos seus objetivos.
Alinhados de uma comédia de erros, os personagens vão se misturando e trazendo um Brasil atual, com sua melhor característica do humor, da música e da resiliência.
Tendo como referência a comédia clássica, o filme permite uma reflexão sobre o sucesso e necessidade de exposição que as mídias sociais criaram, esse jogo moderno de egos inflados e arrogantes em contraponto a simplicidade e a criatividade como escudos da própria sobrevivência, tudo isso sem pretender dar uma lição ou escrever uma tese apenas documentando as diferenças entre os personagens que cruzam com a dupla.
O filme busca trazer para os dias atuais a comédia clássica típica dos filmes de Mazzaropi, com a dupla sertaneja em busca do sucesso, com situações adversas criadas, para que os personagens principais consigam enfrentar os desafios e ultrapassá-los com viés cômico, valorizando a esperteza típica do matuto que age mais com inteligência natural do que com a informação e formação clássica, rompem assim preconceitos e o estigma de que o homem humilde é submisso e subserviente, o humor aqui é irreverente e iconoclasta um ato de rebeldia, antes de tudo .
A história é cheia de situações, com muitas encrencas e ciladas para a dupla, mantendo o espectador ligado durante todo o filme um ritmo bastante intenso.
Há também espaço para a fantasia e um pouco de poesia infantil com personagens como uma feiticeira que aparece para dupla criando esse espaço para o sonho, uma referência ao universo do caboclo que vive afastado um tanto místico sem ser religioso cheio de fantasias e histórias pouco verossímeis, mas presentes na vida deles.
A música brasileira sertaneja permeia todo o filme, desde as clássicas chamadas de raiz às modernas atuais é uma viagem musical por todo o processo permitindo ao espectador uma imersão no universo caipira num clima de festa de confraternização, deixando a alma leve com as palhaçadas da dupla.
Uma comédia romântica em que, além de todos os desafios do personagem, o personagem é pego de surpresa pelo amor de uma criança, que o encoraja a prosseguir numa jornada de pura libertação, em que ele romperá crenças, até que resgatará sua sensibilidade da qual já havia se esquecido.
O filme tem como cenário o interior e a capital, esse contraste será valorizado na fotografia do filme destacando as imagens abertas do campo cheias de luz e os planos fechados e contrastados da cidade grande.
Filme de longa-metragem, 100 minutos, colorido, sonoro, com orçamento de 2,5 milhões de reais.
O projeto de filme de longa-metragem está sendo estruturado, para captar pelo Fundo Setorial do Audiovisual, em parceria com distribuidoras e Canais SVOD.
Produção: Rio Bonito Produções
José Ricci
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